Revista Baiana de Saúde Pública, 2(40)
DOI: 10.22278/2318-2660.2016.v40.n2.a1826
Os fatores relacionados às crianças, aos adolescentes, a seus responsáveis e a associação deles com a satisfação da vizinhança, revelam que a satisfação com a vizinhança pode ter um papel relevante na determinação da saúde dos indivíduos. O objetivo do estudo foi verificar os fatores sociodemográficos e de estilo de vida de crianças, adolescentes e seus responsáveis relacionados à satisfação da vizinhança em uma cidade de médio porte. Para tanto, realizou-se um estudo epidemiológico transversal com 370 indivíduos de Juiz de Fora, Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu nas escolas e realizou-se antropometria e entrevista estruturada com os responsáveis. Para avaliação do ambiente, entrevistas telefônicas foram realizadas com a versão validada na língua portuguesa da Neighbourhood Environment Walkability Scale. Os resultados indicaram que a maioria dos adultos estava insatisfeita com a vizinhança. Observou-se maior insatisfação com acesso à diversão (82,4%) e maior satisfação com o número de pessoas conhecidas na vizinhança (95,4%). A cor de pele não branca das crianças prevaleceu entre os responsáveis insatisfeitos e indivíduos com maior renda estão mais satisfeitos. A satisfação com a vizinhança não foi associada com o sexo das crianças, a prática de atividade física, a idade, o índice de massa corporal e a circunferência da cintura dos responsáveis. Concluiu-se que características ambientais, como segurança, boa infraestrutura das ruas, espaços adequados para lazer e a boa convivência com as pessoas, relacionam-se com a satisfação com o ambiente, o bem--estar e a saúde dos indivíduos. Palavras-chave: Percepção. Meio ambiente. Saúde pública.