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Universidade Federal de Uberlândia, Em Extensão, 1(15), p. 28-44

DOI: 10.14393/ree-v15n12016_art02

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Banheiro ecológico ribeirinho: saneamento descentralizado para comunidades de várzea na Amazônia

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Na Amazônia, a contaminação biológica das águas é um problema grave, com implicações ambientais e na saúde pública, e está associada à precariedade do planejamento governamental, principalmente quanto aos investimentos em infraestrutura de saneamento básico, incipientes em áreas rurais e nas cidades. No meio rural, as grandes distâncias entre as residências inviabilizam a adoção de sistemas centralizados de coleta e tratamento de esgoto. Diante disso, o banheiro seco ecológico surge como alternativa de saneamento descentralizado. Contudo, os modelos desenvolvidos e implantados em outras regiões do país não se adequam às características das áreas ribeirinhas da Amazônia, sujeitas a alagamentos periódicos associados ao ciclo sazonal de chuvas e ao fluxo diário das marés. Neste artigo, discute-se a relevância do problema e apresenta-se uma proposta de adaptação do banheiro seco ecológico às áreas sujeitas a alagamento. As potencialidades do banheiro ecológico ribeirinho (BER) como tecnologia social de saneamento descentralizado são discutidas com base no monitoramento de parâmetros, como odor e presença de insetos, e na avaliação de aspectos subjetivos e comportamentais, tais como o bem-estar e a consciência ambiental. Essas avaliações foram realizadas a partir da instalação de uma unidade (protótipo) na Ilha das Onças, região insular de Belém, estado do Pará. Ainda, o artigo apresenta uma descrição detalhada do projeto de construção, os materiais utilizados e o custo do protótipo do BER. As informações são suficientes para a replicação dessa tecnologia social e podem ser úteis também para estimular novas adaptações e aperfeiçoamentos.