Links

Tools

Export citation

Search in Google Scholar

Acne e saúde pública : um contributo

Published in 2019 by Catarina Rebelo Neves
This paper is available in a repository.
This paper is available in a repository.

Full text: Download

Question mark in circle
Preprint: policy unknown
Question mark in circle
Postprint: policy unknown
Question mark in circle
Published version: policy unknown

Abstract

RESUMO: O presente estudo centra-se nas características e no impacto psicológico associado à vivência subjetiva de ter Acne. Construiu-se o Inventário de crenças, comportamentos e tratamento sobre a Acne, ICA a partir de 45 entrevistas semiestruturadas, submetidas à análise de conteúdo. Aplicou-se um protocolo constituído por instrumentos para medir a qualidade de vida, a ansiedade, a depressão, o stresse, as estratégias de coping, a alexitímia; as crenças, comportamentos e tratamento face à Acne, foram avaliadas utilizando o ICA. Foram estudadas duas amostras de conveniência da população portuguesa: uma composta por 367 sujeitos, com uma idade média de 34 anos e dividida em dois grupos: indivíduos sem Acne e indivíduos com Acne; uma segunda amostra de 1.666 universitários com idade média de 23 anos, repartida por três grupos: indivíduos sem Acne, indivíduos com Acne e indivíduos que tiveram Acne. A análise dos resultados sugere que a Acne tem pequeno impacto na qualidade de vida. No grupo de indivíduos acneicos com idade média de 34 anos, a Acne está mais associada à depressão, à ansiedade e ao stresse, à medida que a acne é percepcionada com mais gravidade. O grupo mais jovem vivencia indícios de depressão somente quando a Acne se agrava. Os indivíduos acneicos lidam de forma adequada com a Acne, utilizando estratégias de coping dominantemente adaptativas e flexíveis, variando entre a utilização de uma estratégia de ativação emocional, nos mais jovens, e uma estratégia de evitamento emocional, nos mais velhos. Em ambos os estudos os indivíduos revelaram ter crenças com fundamento médico sobre a Acne. Existe uma tendência para haver alguns alexitímicos nos indivíduos acneicos, especialmente quando a gravidade da Acne aumenta. A diversidade de resultados obtidos nos estudos leva a pensar que as características e as consequências psicológicas associadas à vivência da Acne poderão depender de variáveis mediadoras, por identificar. Uma articulação mais estreita entre as abordagens dermatológica e psicológica à Acne poderá contribuir para atenuar o seu impacto. ; ABSTRACT: This investigation focuses on the characteristics and psychological impact associated with the subjective experience of having Acne. The inventory of beliefs, behaviours and treatment, about Acne, ICA, was built, based on 45 semi-structured interviews, subjected to content analysis. A protocol consisting of instruments to measure the quality of life, anxiety, depression, stress, coping strategies, alexithymia was applied and the beliefs, behaviours and Acne treatment were measured using ICA. Two convenience samples of the Portuguese population were used: one composed of 367 subjects with an average age of 34 years and divided into two groups: subjects without Acne and subjects who have Acne. A second sample of 1.666 university students with an average age of 23 years, divided into three groups: subjects without Acne, with Acne and subjects who had Acne. The analysis of the results suggests that Acne has little impact on the quality of life. In the subjects with Acne with an average age of 34, Acne is more associated with depression, anxiety, and stress, when Acne is perceived with greater severity. The younger individuals with Acne experience depression only when Acne gets worse. They all deal properly with Acne using mainly adaptive and flexible coping strategies, ranging from emotional activation strategies (the younger ones) to emotional avoidance strategies (the older ones). In both studies subjects seem to have medically founded beliefs concerning Acne. There is a trend for some alexithymia among the individuals with Acne, particularly when the severity of Acne increases. The diversity of results in our studies suggests that the characteristics and the psychological consequences associated with the experience of Acne may depend on mediating variables yet to identify. A closer articulation between the dermatological and psychological approaches to Acne could contribute to mitigate its impact.