O látex da mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), uma frutífera nativa do Brasil, é um fluido de aparência leitosa que apresenta aplicações na medicina popular para o tratamento de diversas patologias. Pouco se sabe sobre a produtividade de látex em mangabeira, espécie a qual vem sendo explorada comercialmente para produção de frutos. Procurando buscar informações sobre a exploração do látex de mangabeira foram avaliadas nesse trabalho as características químicas do látex de mangabeira e a produtividade associada a algumas características da planta, tais como: altura da planta, diâmetro do caule, largura da copa, morfologia da folha e espessura da casca. No total foram realizadas 10 coletas mensais entre 2012 e 2013. O valor médio de pH para o látex coletado foi de 2,3. O conteúdo de carbono, hidrogênio e nitrogênio foi 78,7%, 14,4% e 0,12%, respectivamente. Em relação ao conteúdo proteico, a análise de eletroforese em gel de poliacrilamida identificou baixo polimorfismo proteico entre os fenótipos contrastantes. Os resultados de produção de látex associadas ao fenótipo mostraram que a altura da planta, diâmetro do caule, largura da copa e morfologia da folha interferem significativamente na produção de látex; enquanto que a espessura da casca não influenciou significativamente na produção. Esse trabalho é um primeiro relato sobre os fatores fenotípicos que influenciam a produção de látex em mangabeira e são importantes para futuras análises visando o melhoramento genético e aumento da produção de látex da espécie.