PsychOpen, Psychology, Community and Health, 3(5), p. 198-213, 2016
DOI: 10.5964/pch.v5i3.180
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ObjetivoEste estudo teve como objetivo caracterizar as perceções parentais dos Cuidados Centrados na Família (CCF) em função de fatores sociodemográficos e clínicos no contexto da oncologia pediátrica em Portugal.MétodoParticiparam neste estudo 204 cuidadores de crianças com cancro acompanhadas em duas unidades de oncologia pediátrica. Os participantes forneceram dados sociodemográficos e preencheram a Medida dos Processos de Cuidados (MPOC-20), composta por duas subescalas: Serviços e Informação Geral. Os médicos oncologistas pediátricos facultaram informação clínica.ResultadosA idade de crianças e pais estava positivamente associada às perceções parentais dos CCF (Serviços e Informação Geral) como mais centrados na família. Análises multivariadas da variância revelaram que pais de crianças (vs. adolescentes), pais que concluíram o ensino superior (vs. escolaridade igual/inferior ao 12º ano) e pais de crianças em tratamento antineoplásico (vs. fora de tratamento) percecionaram os cuidados como menos centrados na família (Serviços e Informação Geral). Não se verificaram diferenças em função do tempo desde o diagnóstico, do número de internamentos e da intensidade do tratamento.ConclusãoOs resultados sugerem que os pais mais novos que concluíram o ensino superior, pais de crianças mais novas e a receber tratamento, poderão constituir grupos em maior risco de percecionar os cuidados de saúde como menos centrados na família.