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Universidade Federal de Minas Gerais, Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 5(68), p. 1207-1211

DOI: 10.1590/1678-4162-8774

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Provável extrusão de núcleo pulposo aguda e não compressiva em um cão: relato de caso

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Abstract

RESUMO A extrusão discal aguda e não compressiva é caracterizada pela extrusão de caráter agudo/hiperagudo e não compressivo do núcleo pulposo de um disco intervertebral não degenerado. Pode ser chamada de hérnia de disco de baixo volume e alta velocidade ou explosões discais e geralmente está associado a exercícios intensos ou episódios traumáticos. O núcleo pulposo é fortemente forçado através de uma pequena fissura no ânulo fibroso dorsal, provocando uma contusão espinhal. Este relato tem como objetivo apresentar um caso de provável extrusão aguda de núcleo pulposo não compressiva. Foi atendido um cão macho, três anos e seis meses de idade, maltês, pesando 4,1kg. Como queixa principal, o proprietário relatou dificuldade locomotora e dor à manipulação há um dia, sem histórico de trauma. Foi constatada paraparesia não ambulatória de início agudo com ausência de propriocepção e dor superficial em membros pélvicos e dor à palpação epaxial da coluna toracolombar. A ressonância magnética (RM) evidenciou extensa área de hipersinal em segmento toracolombar da medula espinhal, sem sinais de compressão medular e de atenuação da intensidade do núcleo pulposo do disco intervertebral L1-L2. Foi feito diagnóstico presuntivo de mielopatia focal não compressiva com edema medular de todo segmento toracolombar, característico de uma extrusão aguda de núcleo pulposo não compressiva. Foi prescrito tratamento com anti-inflamatório esteroidal, analgésico, repouso absoluto e protocolo de reabilitação com acupuntura e fisioterapia. Após sete dias de tratamento, o animal recuperou a sensibilidade dolorosa superficial em membros pélvicos e evoluiu para paraparesia ambulatória. Os resultados deste relato sugerem que a RM pode ser útil para fazer um diagnóstico presuntivo em cães com histórico e sinais clínicos compatíveis. Além disso, o tratamento conservativo em extrusões discais não compressivas é preconizado e o paciente pode apresentar boa recuperação.