Nesta dissertação aplicaram-se métodos geoestatísticos com o objectivo de definir o limite da área de estudo (1 milhão de hectares), na região do Alentejo, a sul de Portugal, e estimar o índice de crescimento da cortiça (icc) e o grau de dano da copa (gdc) do sobreiro (Quercus suber L.) e da azinheira (Quercus ilex spp rotundifolia Lam). Estas duas variáveis são de grande interesse para o gestor florestal, pois fornecem uma avaliação dos recursos florestais que apoiam o planeamento florestal. A definição do limite da área de estudo foi realizada através da krigagem ordinária da indicatriz e as estimações do icc e do gdc foram obtidas por krigagem ordinária e co-krigagem, com recurso a variáveis auxiliares. A validação cruzada calcula o erro para cada ponto conhecido, re-estimado por krigagem. Esta técnica foi realizada separadamente para cada variável e utilizada para comparar a eficiência de estimação dos dois algoritmos geoestatísticos utilizados. Os resultados demonstraram que a co-krigagem é mais precisa do que o algoritmo de krigagem ordinária. A aproximação geoestatística é um aperfeiçoamento relativamente às outras técnicas de interpolação espacial porque incorpora o grau de interdependência dos pontos da amostra. A vantagem do método geoestatístico proposto em relação aos sistemas tradicionais de estimação refere-se à possibilidade de estimar o icc e o gdc nos locais onde nenhuma variável é medida. Estas estimações devem ser utilizadas no planeamento florestal regional, enquanto que para o planeamento da floresta a uma escala local, os dados das amostras devem ser recolhidos numa malha de amostragem mais apertada.