Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Revista Brasileira de Ciência do Solo, 1(39), p. 49-58, 2015
DOI: 10.1590/01000683rbcs20150326
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Ninhos epígeos são frequentemente observados em áreas de pastagem; no entanto, os processos que regulam as suas dinâmicas populacionais são pouco conhecidos. Este estudo avaliou a distribuição espacial por meio da geoestatística e a vitalidade dos ninhos epígeos de térmitas em áreas de pastagens introduzidas. Esta pesquisa foi conduzida no bioma Cerrado no município de Rio Brilhante, no Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Em duas áreas de pastagem (Pasto 1 e Pastagem 2), ninhos epígeos foram georreferenciados; analisaram-se altura, circunferência e vitalidade (habitado ou não). A área ocupada pelos ninhos foi calculada, e as amostras de térmitas foram coletadas para identificação taxonômica. O padrão de distribuição espacial dos ninhos foi analisado com procedimentos geoestatísticos. Em ambas as áreas de pastagem, todos os ninhos epígeos foram construídos por uma mesma espécie, Cornitermes cumulans. O número médio de ninhos ha-1 foi de 68 no pasto 1 e 127 no pasto 2, o que representa 0,4 e 1 % de toda a área, respectivamente. A grande maioria dos ninhos estava ativa, 91 % no pasto 1 e 84 % no pasto 2. Os semivariogramas de altura e circunferência dos ninhos em ambas as pastagens apresentou um “efeito pepita puro”, refletindo distribuição espacial aleatória e confirmando que a distribuição dos ninhos epígeos de térmitas em pastagens não segue uma distribuição-padrão.