Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Texto and Contexto Enfermagem, 2(22), p. 279-284, 2013
DOI: 10.1590/s0104-07072013000200002
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Objetivou-se identificar acidentes de trabalho ocorridos entre adolescentes em uma fundação de educação para o trabalho. Estudo transversal, descritivo e quantitativo que investigou 117 adolescentes trabalhadores, através de um questionário multidimensional. Dos entrevistados, 72, 6% eram mulheres, 80, 3% tinham 15 anos de idade, 60% eram pardos e 62, 4% não trabalhavam anteriormente. As atividades mais exercidas foram recepcionista (46, 2%) e auxiliar administrativo (37, 6%). Sofreram acidentes no trabalho atual ou anterior 11% dos entrevistados, dos quais, 76, 9% foram típicos e ocorreram à tarde (61, 5%). Pernas e pés foram os segmentos mais lesados (46, 2%), e as escoriações, os principais agravos (30, 8%). O trabalho infanto-juvenil pode apresentar agravos, caracterizados como acidentes de trabalho. O enfrentamento desta questão não pode ser pensado apenas no plano da fiscalização dos ambientes de trabalho, de políticas voltadas para a saúde do trabalhador; há necessidade de transformação maior na estrutura da sociedade, para que o trabalho não prejudique a saúde.