Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Cadernos de Saúde Pública, suppl 1(31), p. 107-119, 2015
DOI: 10.1590/0102-311x00081214
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Um índice de saúde urbana foi utilizado para quantificar desigualdades na saúde no Rio de Janeiro, Brasil, 2002-2010. Oito indicadores de saúde foram gerados no nível dos bairros utilizando dados de mortalidade. Os indicadores foram combinados para formar o índice. A distribuição ordenada dos valores do índice fornece informações sobre a desigualdade entre os bairros, por meio da relação entre os extremos e o gradiente dos valores médios. Ao longo da década, a proporção dos extremos caiu em 2010 em relação a 2002 (1,57 vs. 1,32), assim como a inclinação dos valores médios (0,23 vs. 0,16). A divisão espacial entre o sul afluente e o norte carente está ainda visível. Os valores do índice correlacionam com indicadores socioeconômicos e urbanos como o preço do metro quadrado de apartamentos (0,54, p < 0,01), baixa escolaridade da mãe (-0,61, p < 0,01), baixa renda (-0,62, p < 0,01) e proporção de pretos étnicos (-0,55, p < 0,01). Os resultados sugerem que a equidade na saúde no nível da população tem melhorado no Rio de Janeiro na última década, embora padrões familiares da desigualdade espacial permaneçam.