Aplicações sucessivas de estercos de animais no solo por longos períodos podem acumular fósforo no solo e modificar as formas de fósforo acumuladas no solo. O objetivo deste estudo foi avaliar as formas de acumulação de fósforo em solos que receberam adubação com fertilizantes minerais ou com diferentes tipos de estercos, em um experimento de longa duração. Amostras de solo foram coletadas da profundidade de 0-5 cm de parcelas de um experimento fertilizado, durante nove anos com diferentes fontes de nutrientes: testemunha sem fertilização; adubação mineral NPK, de acordo com as recomendações regionais; 5 t ha-1 ano-1 de cama de aviário; 60 m3 ha-1 ano-1 de esterco líquido de bovinos; e 40 m3 ha-1 ano-1 de esterco líquido de suínos. O fósforo das amostras de solo foi extraído com NaOH+EDTA e os extratos foram submetidos à análise de ressonância nuclear magnética de fósforo (31P-RNM). Os espectros de 31P-RNM revelaram a presença dos seguintes compostos: ortofosfato, pirofosfato, fosfatos de inositol, glicerofosfatos e DNA. O uso de fertilizantes orgânicos ou mineral durante nove anos não modificou as formas de fósforo encontradas no solo, mas provocou modificação nas concentrações de cada forma. A fertilização com qualquer tipo de fertilizante estimulou o acúmulo de fósforo, principalmente em formas inorgânicas. Observou-se o aumento da concentração de fosfatos de inositol, quando o solo foi fertilizado com qualquer um dos fertilizantes orgânicos testados, enquanto nos tratamentos testemunha e na adubação mineral a elevação de fósforo orgânico ocorreu na forma de glicerofosfato.