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Efectividade da Terapêutica: Intervenção do Farmacêutico Comunitário

Proceedings article published in 2015 by Filipa Alves Costa
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Abstract

A literatura sugere que existe evidência de efectividade da intervenção do farmacêutico comunitário em áreas específicas. Estas focam-se essencialmente nos serviços para além da dispensa, nomeadamente na identificação, prevenção e resolução de problemas-relacionados com medicamentos (PRM). Os serviços identificados como gerando benefícios na saúde dos doentes foram a gestão da terapêutica nas suas diversas formas, incluindo os programas de gestão da doença, programas de maximização da adesão à terapêutica e a revisão da medicação. No entanto, verifica-se não haver uma estratégia de intervenção única para melhorar o processo de utilização do medicamento, que se tenha revelado efectiva em todos os grupos populacionais e com aplicabilidade em todos os settings. Importa então conhecer alguns dos estudos realizados em Portugal, adaptados ao funcionamento do SNS e das farmácias comunitárias portuguesas. Existe a nível nacional evidência de benefício de diferentes estratégias estimuladoras da adesão, nomeadamente o recurso a dispositivos de alerta, dispositivos de medição electrónicos, caixas multicompartimentais, ainda que evidência moderada. Ainda assim, parecem ser as estratégias mais complexas as que se revelam mais efectivas, suscitando estas, no entanto, problemas de implementação e disseminação. Outro serviço farmacêutico com evidência gerada em Portugal é o da revisão da medicação, o qual parece promissor em lares de terceira idade, com claro benefício na identificação de PRM, podendo contribuir para melhorar o uso do medicamento nos idosos. Na farmácia comunitária, este serviço aparenta ter barreiras claras à sua implementação, incluindo a alegada falta de tempo, falta de remuneração do serviço, preparação técnico-científica do farmacêutico e o estabelecimento de uma relação de colaboração com o médico. Trabalho prévio desenvolvido em Portugal pelos diversos intervenientes no processo de melhoria contínua, indica que aliando os esforços dos farmacêuticos comunitários, ao dos investigadores e das organizações representativas, se conseguirá gerar benefício para o doente, sendo dois os requisitos para todos estes intervenientes: motivação e competência.