Imprensa da Universidade de Coimbra, Psychologica, 52-II, p. 71-89, 2010
DOI: 10.14195/1647-8606_52-2_4
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Saber como os jovens representam o corpo e o corpo ideal, enquanto realidades significativas, foi o nosso objectivo. Iniciámos o processo de investigação empírico através da recolha dos dados por associação livre de palavras inquirindo 278 jovens estudantes. Concomitantemente, efectuámos 30 entrevistas complementares. Em resultado do percurso efectuado, e tal como havia sido esperado, deparámo-nos com a representação de um corpo adolescente de existência ambígua. Reunindo em si o positivo e o negativo, o saber e o não saber, o querer e o não querer revelou-se um importante espaço de identidade e metamorfose, em permanente devir. Deste modo, as diferenças evocadas contribuíram para a construção de uma significação simbólica virtualmente “desancorada” das tautologias, das distorções, dos medos, tensões, paradoxos e estigmas, em que habitualmente o corpo adolescente se vê enredado.