Introdução: A prática de exercício físico regular traz benefícios para a saúde e qualidade de vida. Entretanto, são apontados como promotores das disfunções dos músculos do assoalho pélvico (MAP). Objetivo: Avaliar o nível de atividade física e a presença de sintomas urinários em mulheres que realizam exercício física regularmente e verificar a relação entre ambos. Método: Avaliou-se 47 mulheres praticantes de exercícios físicos regularmente em duas academias no Estado de São Paulo/Brasil. As participantes foram caracterizadas pela idade, número de gestações, paridade, índice de massa corporal, circunferência abdominal, tempo de prática do exercício físico, frequência semanal do exercício físico e tempo gasto na prática do exercício físico. O nível de atividade física foi avaliado pelo “Questionário Internacional de Atividade Física” (IPAQ) longo, e a presença de sintomas urinários e sua severidade pelo International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). Resultados: Cerca de 51,9% das mulheres foram consideradas ativas (valor superior a 600 MET’s) e 49,1% foram consideradas muito ativas (valor superior a 1500 MET’s). Observou-se a presença IU em 72,3% das participantes do estudo. Cerca de 52% das mulheres apresentaram IU moderada, de acordo com o ICIQ-SF. Conclusão: As mulheres foram consideradas ativas e muito ativas de acordo com as recomendações do IPAQ. Observou-se uma alta prevalência de sintomas urinários aos esforços nas mulheres que realizam atividade física de forma regular. A severidade da IU foi classificada como moderada, conforme o ICIQ-SF. Não observou-se relação significante entre a severidade da IU e o nível de atividade física.