Sociedade Brasileira de Zootecnia, Revista Brasileira de Zootecnia, 10(40), p. 2235-2243, 2011
DOI: 10.1590/s1516-35982011001000025
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Objetivou-se estimar as exigências de proteína de animais Nelore, Nelore-Angus e Nelore-Simental, assim como a eficiência de uso da proteína metabolizável para ganho. Foram utilizados 69 animais (23 Nelore, 23 Nelore-Angus e 23 Nelore-Simental): 12 (quatro de cada grupo genético) foram abatidos antes do início do experimento, como grupo-referência, e nove animais foram separados para um ensaio de digestibilidade. Os animais restantes foram divididos em três dietas (ofertas de concentrado na base de 1 ou 2% do peso corporal à vontade e 1% do nível de mantença). Ao final do experimento, todos os animais foram abatidos e a composição corporal e o peso de corpo vazio (PCVZ) determinados. O consumo de proteína metabolizável (CPmet) foi estimado pela proteína microbiana verdadeira digestível média somada à proteína digestível não-degradada no rúmen. As exigências líquidas de proteína para ganho foram estimadas pela proteína retida (PR) em função do ganho de PCVZ (GPCVZ) e da energia retida. As exigências de proteína metabolizável para mantença foram estimadas pelo CPmet em função do GMD e as exigências líquidas para mantença pela PR em função do CPmet. O grupo genético influenciou apenas a relação entre os diferentes ganhos, mas não teve efeito sobre as exigências líquidas de proteína para ganho, que podem ser estimadas por meio do modelo PR = GPCVZ × (238,5 - 16,73 × (ER/GPCVZ)). Não há influência de grupo genético sobre as exigências líquidas e metabolizáveis de proteína para mantença, cujos valores são de 1,72 g/PCVZ0,75 e 3,09 g/PC0,75, respectivamente. Também não há efeito de grupo genético na energia retida em forma de proteína, assim como na eficiência de uso da proteína metabolizável para ganho, que é de 37,5%.