Objetivo: avaliar se há correlação entre o NAS (Nursing Activities Score) e os escores prognósticos de mobimortalidade - Euroscore, SAPS 3 e SOFA – assim como com desfechos clínicos desfavoráveis (morte, lesão renal aguda, ventilação mecânica por mais de 48 horas, baixo débito cardíaco e arritmias) em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Método: estudo observacional, descritivo e correlacional realizado no município de São Paulo. Foram incluídos prospectivamente pacientes adultos no pós-operatório e cirurgia cardíaca em um período de dois meses. Dados sociodemográficos, clínicos, cirúrgicos, dos escores prognósticos e do NAS foram coletados de forma retrospectiva a partir dos prontuários dos pacientes. Resultados: A amostra foi de 187 pacientes. Foi observada correlação positiva e significativa entre NAS de 24 e 72 horas; não há correlação significativa entre o NAS de 24 horas e os escores prognósticos utilizados; para o NAS de 72 horas foi identificada uma correlação positiva e significativa com o SOFA de 24 e 72 horas; o NAS de 24 e 72 horas apresentou correlação positiva e significativa com os desfechos clínicosde lesão renal aguda, ventilação mecânica por mais de 48 horas, baixo débito cardíaco e arritmias,sendo que para o desfecho da mortalidade, apenas o NAS de 24 horas apresentou correlação significativa; e os escores prognósticos não mostraram uma correlação significativa com os desfechos clínicos avaliados. Conclusões:a carga de trabalho de enfermagem de pacientes no pós-operatório é alta nas primeiras 24 horas de admissão deste na unidade de terapia intensiva, não tendo correlação com escores prognósticos de morbimortalidade avaliados, ou seja, independente da gravidade do paciente a carga de trabalho da equipe de enfermagem será alta nas primeiras 24 horas de pós-operatório e essa esteve significativamente relacionada com desfechos clínicos desfavoráveis e mortalidade.