Universidade Federal de Lavras, Cerne, 1(19), p. 59-64, 2013
DOI: 10.1590/s0104-77602013000100008
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Durante a produção de carvão vegetal, diferentes produtos são formados. Esses produtos são resultantes, principalmente, da temperatura final de carbonização. Sendo o carvão vegetal um dos principais insumos na produção de ferro gusa no Brasil, no presente trabalho, objetivou-se avaliar a influência da temperatura final de carbonização no rendimento dos produtos gerados, e também verificar a influência da posição radial e longitudinal de amostragem nos rendimentos de cada produto. Para isso, foram retiradas amostras da posição interna e externa ao longo do raio e também de três diferentes alturas a partir de quatro árvores de Eucalyptus microcorys. As amostras foram carbonizadas em forno elétrico experimental adaptado, com condensador resfriado à água e frasco coletor de materiais voláteis condensáveis. As temperaturas finais de carbonização foram de 500, 600, 700, 800 e 900ºC. Em seguida, foram calculados os rendimentos gravimétricos em carvão, líquido pirolenhoso e gases não condensáveis. Os resultados mostram que não houve diferença de rendimento gravimétrico em carvão nas posições longitudinais e radiais estudadas; o rendimento em líquido pirolenhoso e gases não condensáveis apresentaram variações nas temperaturas de 700°C e 800°C; a variação do rendimento gravimétrico em carvão, entre as temperaturas de 500°C a 900°C foi de 15%; a variação do rendimento em líquido pirolenhoso no sentido radial de amostragem foi, em média, de 8%; a variação do rendimento em gases não condensáveis no sentido radial de amostragem foi, em média, de 16%.