Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Fisioterapia em Movimento, 4(25), p. 831-838, 2012
DOI: 10.1590/s0103-51502012000400016
Elsevier, Sleep Medicine, (14), p. e223, 2013
DOI: 10.1016/j.sleep.2013.11.536
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INTRODUÇÃO: A obesidade acarreta uma série de alterações na fisiologia respiratória e no sono. Seu tratamento tem como objetivo a melhora da saúde e da qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar a função pulmonar e o sono em indivíduos obesos mórbidos pré-cirurgia bariátrica. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram deste estudo 38 pacientes, recrutados em dois serviços de cirurgia bariátrica e encaminhados ao Laboratório de Sono da Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil. Os critérios de inclusão foram: obesos mórbidos, IMC entre 40 kg/m² e 50 kg/m² e IMC entre 35 kg/m² a 39,9 kg/m² se associados a comorbidades. RESULTADOS: A média de idade foi de 42 ± 10, o índice de massa corpórea médio foi de 50,09 ± 7,64. A média da circunferência abdominal foi de 132,48 ±11,07 e 134,31 ± 16,26 e de pescoço foi 42,34 ± 2,08 e 44,48 ± 3,67, respectivamente para mulheres e homens. As pressões máximas inspiratórias foram 57,57 ± 18,93 e 60,6 ± 3,72 e máximas expiratórias 56,63 ± 16,68 e 60 ± 18,52, para mulheres e homens respectivamente. O sono do movimento rápido dos olhos apresentou-se com média de 16,93 ± 13,61 e a saturação mínima da oxi-hemoglobina foi de 79,33 ± 10,26 durante o sono. Em 44,74% dos casos examinados, foram observadas alterações na Escala de Sonolência de Epworth (ESE); e em 76,3% ficou confirmada a presença de síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). CONCLUSÃO: Foram observadas alterações nas pressões máximas ventilatórias, na estrutura do sono associadas a considerável dessaturação noturna da oxi-hemoglobina, o que evidencia alta prevalência de SAOS nos pacientes obesos mórbidos.