CEFAC Saúde e Educação, Revista CEFAC, 4(15), p. 957-966, 2013
DOI: 10.1590/s1516-18462013000400025
Full text: Download
OBJETIVO: avaliar fatores de risco para disfonia em professores e associá-los compresença de alteração vocal. MÉTODO: 102 professores(81 mulheres e 21 homens) selecionados aleatoriamente de 11 escolas do município de Piracicaba/SP, com média de idade de 42,48 anos. Um questionário sobre aspectos do ambiente e organização do trabalho, comportamento vocal, estilo de vida e sinais e sintomas de alterações vocais foi aplicado.Uma análise acústica da voz foi realizada e as variáveis avaliadas dependentes foram Frequência Fundamental e a Intensidade média vocal. Foram realizadas associações entre as variáveis do questionário com a frequência fundamental e a intensidade média e utilizaram-se os testes estatísticos: Qui-quadrado, Exato de Fisher e cálculo do OddsRatio e este é um estudo clínico prospectivo. RESULTADOS: os indivíduos do sexo masculino tiveram menos chance de apresentarem frequência fundamental da voz alterada do que o gênero feminino (p<0,0001). As professoras que lecionavam para o ensino fundamental II e médio tiveram menos chance de apresentar alteração da frequência fundamental da voz do que aquelas que lecionavam para o ensino fundamental (p=0,04). O ruído ambiente teve associação significante com a alteração da intensidade média da voz (p=0,02). CONCLUSÃO: fatores como o sexo feminino lecionar para o ensino primário e estar exposto ao ruído do ambiente de trabalho foram considerados indicadores de risco para distúrbios da voz em professores.