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Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia - IBEPEGE, Arquivos de Gastroenterologia, 2(38), p. 84-88, 2001

DOI: 10.1590/s0004-28032001000200002

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Esplenectomia com ligadura da veia gástrica esquerda e desvascularização da grande curvatura do estômago no tratamento da esquistossomose hepatoesplênica: é necessária a escleroterapia endoscópica pós-operatória

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Abstract

Objetivo — Com o intuito de avaliar a eficácia e a manutenção da esclerose endoscópica pós-operatória como rotina, em associação à esplenectomia com ligadura da veia gástrica esquerda e desvascularização da grande curvatura do estômago, foi realizado o presente estudo. Método - Entre 1992 e 1998 foram operados 131 pacientes no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE. O seguimento médio foi de 30 meses. Os pacientes foram solicitados a retornar ao ambulatório daquele hospital para realização de controle clínico e laboratorial. Dos 111 pacientes que retornaram ao ambulatório, apenas 80 realizaram endoscopia digestiva alta de controle. Destes 80, 36 seguiram a recomendação e realizaram esclerose endoscópica pós-operatória (grupo 1), enquanto 44 não a realizaram (grupo 2). Resultados - Observou-se de forma relevante e estatisticamente significativa, a diferença entre os dois grupos quando se analisou a erradicação das varizes de esôfago, com melhor resultado para o grupo 1 (52,7% do grupo 1 versus 18,2% do Grupo 2). Nos demais itens analisados (mortalidade, recidiva hemorrágica, trombose da veia porta, varizes de fundo gástrico e grau de fibrose periportal) não se observou relevância estatística. Conclusão - Conclui-se que a associação da escleroterapia endoscópica pós-operatória à esplenectomia com ligadura de veia gástrica esquerda e desvascularização da grande curvatura do estômago, no tratamento da hipertensão portal esquistossomótica com antecedentes de hemorragia digestiva, deve ser mantida.