Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Ciência and Saúde Coletiva, 10(17), p. 2675-2685, 2012
DOI: 10.1590/s1413-81232012001000017
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A fitoterapia e o uso de plantas medicinais fazem parte da prática da medicina popular, que complementa o tratamento usualmente empregado para a população de menor renda. O trabalho analisou o conhecimento de gestores e profissionais de saúde que atuam na atenção primária (APS), sobre fitoterapia, nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu, Paraná. Entre fevereiro e julho de 2009, realizou-se estudo exploratório, descritivo, qualitativo, empregando entrevistas e questionário estruturado. Um gestor relatou interesse na implantação do programa, os demais profissionais entrevistados não receberam formação sobre o tema durante a graduação ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde trabalham. Seis profissionais (60%) relataram ter acesso às informações sobre fitoterapia através do conhecimento popular, uma (10%) formação na UBS, dois (20%) através de periódicos, quatro (40%) através de meio de comunicação e quatro citaram mais que uma das opções. Em Foz do Iguaçu, nas UBS onde a terapêutica foi introduzida, os profissionais não foram consultados antes de sua implantação. Para instituir a fitoterapia nas UBS desses dois municípios é necessário capacitar os profissionais quanto ao tema, desde o cultivo até a prescrição, melhorando o uso racional desses medicamentos.