Elsevier, Revista da Associação Médica Brasileira, 5(54), 2008
DOI: 10.1590/s0104-42302008000500018
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OBJETIVOS: Descrever os achados hepáticos na ressonância magnética em puérperas estáveis com síndrome HELLP. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo, do tipo série de casos, envolvendo 40 puérperas internadas na UTI obstétrica do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP), com diagnóstico de síndrome HELLP completa (presentes todas as alterações laboratoriais) e incompleta (uma ou mais alterações laboratoriais, porém sem todos os critérios diagnósticos) no período de agosto de 2005 a julho de 2006. RESULTADOS: A idade média foi de 26,8 ± 6,4 anos, com idade gestacional média no parto de 34 semanas. A ressonância magnética foi realizada entre oito e 96 horas depois do diagnóstico de síndrome HELLP (média de 56 + 31horas). O achado mais freqüente foi ascite em 20% (n = 8), seguindo-se derrame pleural (17,5%) e esteatose hepática (7,5%). A intensidade de sinal periportal foi normal em todos os casos e não se observaram casos de isquemia/infarto hepático ou de hematoma parenquimatoso ou subcapsular. CONCLUSÃO: Os achados da ressonância magnética pós-parto em puérperas estáveis com síndrome HELLP foram inespecíficos e, na presente série, não foram encontradas lesões importantes como hematoma parenquimatoso ou subcapsular, representando risco de vida para a paciente. Os resultados encontrados não corroboram a utilização desse exame de rotina para o seguimento de pacientes com síndrome HELLP.