Objetivou-se avaliar as características de carcaça de cordeiros nativos sul-mato-grossense, machos e fêmeas, terminados em confinamento. Foram utilizados 24 cordeiros, sendo 10 machos não castrados e 14 fêmeas, com peso médio inicial de 13,99 kg, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado e receberam dieta 100% concentrada contendo casca de soja como única fonte de fibra. Foram avaliadas as características de desempenho, as características de carcaça, os componentes corporais externos, da carcaça, sangue e os componentes não constituintes da carcaça. O peso final foi superior nos machos (35,62 x 28,50 kg), os quais também obtiveram um ganho médio diário de 74 g a mais que as fêmeas. Não foi observado efeito do sexo para as características de carcaça, com exceção do rendimento de carcaça fria que foi maior nas fêmeas (51,46 x 48,76%). As médias das medidas da carcaça e porcentagem dos pesos dos cortes comerciais da meia carcaça e suas médias não apresentaram diferença entre os sexos. Nos componentes não constituintes da carcaça, não foram observadas diferenças entre os sexos exceto para órgão reprodutor, rins e gordura renal, tendo os machos apresentado os maiores valores. Os machos apresentaram maior peso para rúmen/retículo, omaso vazio, abomaso cheio e intestino delgado vazio. Para os pesos dos componentes corporais externos, da carcaça e do sangue, foi observado superioridade dos machos apenas para o peso de pele e cabeça. O confinamento de cordeiros nativos alimentados com ração 100 % concentrado é eficiente e produtivo, no entanto as fêmeas apresentaram um desempenho inferior em relação aos machos.