Entre as vulvovaginites, a candidíase é apontada como a causa mais freqüente em mulheres na idade fértil. Atualmente, várias pesquisas mostram aumento na freqüência das espécies não-albicans e grande preocupação com episódios de repetição, assim como sua relação com a resistência ao tratamento. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo verificar a distribuição de gêneros e espécies de leveduras causadoras de vaginite e analisar o perfil de sensibilidade das leveduras frente às drogas antifúngicas. MATERIAL E MÉTODO: Foram colhidas amostras de fluido vaginal de 250 pacientes para cultura, realizados identificação e antifungigrama dos isolados. RESULTADOS: Leveduras do gênero Candida estavam presentes em 27,6% das amostras. Candida albicans foi a levedura mais isolada em 74% dos casos, seguida de Candida glabrata, em 14,5%; Candida tropicalis, em 7,3%; e Candida parapsilosis, em 4,3%. Todos os isolados Candida albicans foram sensíveis à anfotericina B, e apenas um isolado da espécie não-albicans apresentou concentração inibitória mínima (CIM) mais elevada (2µg/ml). em Candida albicans, 5,9% das amostras mostraram-se sensíveis, dependendo da dose de fluconazol, e 9,8%, resistentes. Apenas um isolado mostrou-se resistente, com CIM de 8µg/ml, para itraconazol. Nas espécies não-albicans, 11,7% dos isolados foram considerados resistentes ao fluconazol e 23,5, ao itraconazol. CONCLUSÃO: Candida albicans foi a espécie mais freqüentemente encontrada na microbiota vaginal; no entanto, outras espécies foram também comuns nessa população. Porcentual importante de isolados de Candida albicans e não-albicans foi resistente a fluconazol e itraconazol, mostrando a importância de realização de testes de identificação e antifungigrama para os episódios de candidíase vaginal. ; Among the vulvovaginitis, candidiasis is the most frequent cause in women at reprodutive age of and several researches have shownd an increase in the frequency of the species non-albicans, and a great concern with repetitive episodes, as well as its relationship with the resistance to the treatment. OBJECTIVE: The purpose of this study was to verify the yeast species that cause vaginitis and their susceptibility to antifungal agents. MATERIAL and METHOD: Vaginal swabs were colleted from 250 patients and were evaluated for culture, species identification and susceptibility to antifungal agents. RESULTS: Candida was present in 27.6% of the samples. Candida albicans was the predominant species (74%), followed by Candida glabrata (14.5%), Candida tropicalis (7,3%) and Candida parapsilosis (4,3%). All the C. albicans isolates were susceptible to anfotericin B and only one sample of non-albicans showed greater MIC (2mg/mL). 5.9% of C. albicans strains were susceptible-dose dependent to FLU and 9,8% resistant. Only one sample showed resistance to itraconazol, with CIM 8mg/mL. In the species non-albicans, 11.8% of the isolates were considered resistant to fluconazol and 23.5% to itraconazol. CONCLUSION: Candida albicans is the most frequent in the vaginal microenviroment, however non-albicans are common vaginal isolates even in a primary care population. The species isolated are less susceptible to fluconazole and itraconazole than most C. albicans, showing the importance of the performance of the identification tests and susceptibility to antifungal agents of vulvovaginal candidiasis.