Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, V16N2(16), p. 1, 2024
DOI: 10.36692/v16n2-44r
Este estudo examina a eficácia do ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção secundária de infarto agudo do miocárdio (IAM), um tema crítico devido à alta prevalência de doenças cardiovasculares e à necessidade de reduzir a morbimortalidade associada a eventos recorrentes. A análise considera os benefícios e riscos do uso contínuo de AAS em pacientes pós-infarto, incluindo fatores como dose-resposta, efeitos colaterais e variáveis demográficas e clínicas. A metodologia compreende uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados, utilizando bancos de dados como Google Scholar, Scielo e PubMed para identificar estudos pertinentes. A pesquisa abrange a dosagem de AAS, frequência de novos eventos cardíacos, efeitos colaterais e fatores que influenciam a resposta ao tratamento, como idade, sexo e comorbidades. Os resultados indicam que o AAS reduz significativamente o risco de eventos cardiovasculares subsequentes. Doses entre 75 a 150 mg/dia apresentaram um bom equilíbrio entre eficácia e segurança, prevenindo aproximadamente 36 eventos vasculares por 1000 pacientes tratados por 27 meses. Contudo, o uso crônico de AAS está associado a um risco aumentado de sangramento gastrointestinal, especialmente com doses de 325 mg/dia, que aumentaram o risco de sangramento em cerca de 1% após cinco anos. Não foram encontradas diferenças significativas na eficácia entre doses baixas (75 a 150 mg/dia) e médias (160 a 325 mg/dia), embora doses mais altas estejam ligadas a um risco maior de sangramento. A individualização da dose, considerando o perfil de risco do paciente, como idade e uso concomitante de outras medicações, é essencial. Conclui-se que o AAS é eficaz na prevenção secundária de eventos cardiovasculares em pacientes com histórico de IAM, com doses recomendadas variando entre 75 a 100 mg/dia, ajustadas conforme as necessidades individuais dos pacientes. Essas descobertas são cruciais para orientar práticas clínicas e políticas públicas, enfatizando estratégias de intervenção baseadas em evidências e supervisão médica cuidadosa para maximizar os benefícios e minimizar os riscos do tratamento com AAS.