Objetivo: analisar a relação entre o contexto de trabalho das lideranças de enfermagem na pandemia da COVID-19 e o Burnout. Método: estudo de método misto, com uma amostra quantitativa de 64 líderes de enfermagem, de todos os setores de quatro hospitais gaúchos. A coleta de dados ocorreu de agosto a outubro de 2020, após aprovação do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa. Foi realizada a análise inferencial dos dados quantitativos (n=64), aplicados os testes de Mann-Whitney e correlações bivariadas de Spearman, considerando diferenças estatisticamente significativas “p” bicaudal menor que 0,05. Realizaram-se entrevistas qualitativas (n=12) acerca dos impactos da pandemia. Resultados: identificou-se 6,3% de prevalência de Síndrome de Burnout. Houve associação entre os domínios Desgaste Emocional e Despersonalização e as variáveis medo, aumento do consumo de álcool e impacto na saúde (p<0,05). Evidenciaram-se mudanças no contexto laboral, aumento do nível de exigência e da carga de trabalho e impactos na saúde. Conclusão: conclui-se que há associação entre o contexto de trabalho na pandemia e o Burnout. O aumento da sobrecarga de trabalho repercutiu em prejuízos na saúde mental.