Fundamentos: O desequilíbrio entre o dever profissional e o medo na COVID-19 causaram instabilidade emocional nos trabalhadores da saúde. Objetivos: Avaliar a ansiedade dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) e fatores associados e analisar a percepções, positivas e negativas, da pandemia. Metodologia: Estudo transversaldescritivo-exploratório, quanti-qualitativo, com profissionais da APS, em município do Estado de São Paulo, Brasil, de dezembro/2020 a março/2021. Realizou-se estatística descritiva e aplicou-se, ao nível de 5%, o teste Qui-quadrado. Para o conteúdo textual, efetuou-se a análise léxica pela Classificação Hierárquica Descendente. Principais resultados: Foi identificado que mais de 50% dos participantes apresentaram ansiedade e ela esteve associada aofato de ter contraído COVID-19 (p-valor = 0.0327); à interferência nas atividades diárias (P-valor < 0.0001) e com a profissão (p-valor = 0.0483). Os pontos negativos foram a saúde mental; condições de trabalho; atendimentos e comportamento. Os positivos foram biossegurança, autocuidado e uso de equipamentos de proteção individual. Conclusões: A maioria dos profissionais da APS a presentou ansiedade e esteve associada aos fatores sociodemográficos. A pandemia trouxe pontos positivos e negativos na ótica dos profissionais da APS.