O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição hormonal multifatorial que pode resultar na perda funcional progressiva das células β do pâncreas, manifestando-se clinicamente através de hiperglicemia persistente. O tratamento envolve mudança de hábitos de vida geralmente já consolidados e abordagens farmacológicas, o que coloca o DM2 como uma condição de difícil controle. Abordagens terapêuticas complementares recentemente vêm ganhando atenção, dentre elas, o uso da fitoterapia a qual parece se relacionar com um auxílio na atividade anti-hiperglicemiante, sobretudo os derivados da farinha da casca do maracujá (Passiflora spp.). Logo, a alta prevalência, o difícil controle de DM2 e seus gastos intrínsecos proporcionados apontam para a necessidade incrementar alternativas que otimizem as estratégias de normalização glicêmica. Dessa forma, o presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura elaborada a partir dos descritores “Diabetes mellitus”, “Passiflora” e “Glycemic Control”, devidamente indexados no Medical Headings Subject (MESH) e combinados pelo operador booleano AND. Com isso, foram selecionados os artigos indexados na modalidade texto completo, publicados nos últimos 10 anos sem restrição quanto ao idioma de publicação. Esses evidenciaram uma escassez de dados e de ensaios experimentais sobre a atividade anti-hiperglicemiante da farinha da casca do maracujá e certas heterogeneidades e controversas quanto aos desfechos dos estudos já existentes, permeando por bons resultados anti-hiperglicemiantes e outros sem efeito relevante. Esse cenário evidencia a necessidade de esforços adicionais para determinar a atividade da Passiflora spp. no manejo do controle glicêmico dos pacientes com DM2, bem como formulações viáveis para tal fim.