Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 4(22), p. 679-684, 2023
DOI: 10.9771/cmbio.v22i4.51145
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Introdução: a carcinogênese cervical está relacionada com o papilomavírus humano (HPV). Dos tipos oncogênicos do HPV, os subtipos 16 e 18, são os mais frequentes, contribuindo para o desenvolvimento de malignidade, por promoverem a interrupção do controle normal do ciclo celular. Objetivo: calcular a frequência dos tipos de HPV oncogênicos e verificar o grau de acurácia da citologia e da colposcopia, comparadas à técnica de reação em cadeia em polimerase. Metodologia: inquérito epidemiológico descritivo, seccional, realizado entre março de 2018 e setembro de 2019, na técnica de reação de cadeia em polimerase, obtida mediante consulta ao banco de dados do LACEN-BA, em 114 mulheres atendidas no CICAN-BA, com lesão intraepitelial escamosa cervical de alto grau e (ou) carcinoma epidermoide invasor do colo uterino, cujos dados foram extraídos dos prontuários, ademais dos dados sociodemográficos e dos resultados dos exames de colpocitologia, lançados em uma ficha de investigação padrão. Procedeu-se à revisão de literatura nasseguintes base de dados: Science Direct, SciELO, PubMed e Ministério da Saúde do Brasil, no período de 1980 a 2020, tendo como critério de inclusão revistas em português e inglês, cujos títulos coincidem com o tema da pesquisa. Excluíram-se artigos repetidos e estudos de HPV fora do colo do útero. Calculou-se a frequência relativa da presença de HPV oncogênico e os indicadores de acurácia. Resultados e discussão: constatou-se que 81 mulheres (71%) se apresentaram positivas para os genes oncogênicos, obtendo-se uma frequência global de HPV de 35,1%; dessas, em 13,1% estão relacionados ao HPV 16, e 1,8% se referem ao 18. Conclusão: encontrou-se uma frequência elevada de HPV oncogênico na amostra estudada e uma alta frequência de falsos negativos da citologia e colposcopia, comparativamente à técnica de reação de cadeia em polimerase.