A região do Nordeste brasileiro destaca-se pela grande riqueza de espécies vegetais. Dentre as quais, as cactáceas representam um dos grupos de maior ocorrência e relevância. As diferentes espécies e variedades de cactos têm sido explorados com diferentes finalidades e apresentam composição nutricional importante para alimentação humana e animal. Assim, apesar de existirem diversas pesquisas que envolvem os atributos e as possibilidades de utilização de numerosas cactáceas na alimentação animal e humana, são escassos os estudos que se propõem a sistematizar tais conhecimentos. Portanto, o objetivou-se realizar uma revisão sistemática acerca das principais espécies de cactáceas encontradas na região Nordeste do Brasil, bem como conhecer as possibilidades de uso e a composição química das plantas pertencentes a este grupo. Para tanto, a metodologia desta revisão baseou-se em periódicos disponíveis em bases de dados como Google Scholar, SciELO e ScienceDirect. Verificou-se que os estados do Ceará, Pernambuco e Sergipe são os que mais desenvolvem estudos com cactáceas, com níveis de citações de 25,49%, 23,53% e 23,53%, respectivamente. Nestes estudos, 16 gêneros de cactáceas são abordados, em especial o Pilosocereus. Além disso, foi observado que diferentes partes das plantas são utilizadas pela população, principalmente na área de forragem animal (16,96%), alimentação humana (14,29%) e ornamentação (12,50%). Além disso, evidenciou-se que a composição bromatológica destas plantas depende de diferentes fatores, tais como fase fenológica, espécie e adubação. Assim, conclui-se que o Nordeste brasileiro se configura como um centro de diversidade de cactáceas e que estas apresentam grande potencial para uso local.