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Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Cadernos de Saúde Pública, 4(39), 2023

DOI: 10.1590/0102-311xpt150622

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Análise da influência do momento do ingresso em creches no desenvolvimento infantil

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Abstract

Este estudo objetivou analisar a relação entre a idade de ingresso nos programas de educação na primeira infância (EPI) e o desenvolvimento infantil. Trata-se de um estudo transversal com dados oriundos da Coorte de Nascimentos da Região Oeste de São Paulo, Brasil. Realizou-se o acompanhamento de crianças nascidas no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo durante 36 meses, entre os anos de 2012 e 2014, e de seus cuidadores respondentes durante a onda de seguimentos dos 36 meses de idade (realizada entre os anos de 2015 e 2017). O desenvolvimento infantil foi mensurado pelo instrumento Engle Scale do Projeto Regional de Indicadores de Desenvolvimento Infantil (PRIDI). Os programas de EPI foram avaliados em relação a sua qualidade. Foram utilizadas como variáveis expositivas as características sociais das crianças e dos seus cuidadores, bem como as características do contexto econômico e familiar. A amostra foi composta por 472 crianças e cuidadores. Observou-se que o ingresso na creche entre 13 e 29 meses foi o mais frequente. Quando considerados isoladamente, observou-se que uma maior idade de ingresso esteve associada com maior escore de desenvolvimento [β = 0,21, IC95%: 0,02; 0,40, p = 0,027]. Após a inclusão das variáveis de ajuste nos modelos de regressão, observou-se que estar inscrito em instituição do tipo privada, tempo total de aleitamento materno, horas trabalhadas fora de casa pelo cuidador principal e o controle inibitório foram determinantes para explicar o desenvolvimento infantil aos 36 meses na amostra. A idade de ingresso mais tardia nos programas de EPI pode ter efeito positivo sobre o desenvolvimento infantil aos 36 meses de idade, porém esses achados precisam ser ponderados.