Universidade do Estado do Rio Janeiro, Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 3(24), 2021
DOI: 10.1590/1981-22562021024.210034
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Resumo Objetivo Estimar a prevalência de sintomas depressivos e fatores associados em idosos assistidos por Unidades de Atenção Primária à Saúde em Rio Branco, Acre, Brasil. Método Estudo transversal realizado com idosos cadastrados em duas unidades de Atenção Primária à Saúde de Rio Branco, Acre, entre 2016 e 2017. A prevalência de sintomas depressivos foi medida por meio da Geriatric Depression Scale (GDS-15) e as associações foram testadas com variáveis selecionadas. Foram calculadas as razões de prevalências brutas e ajustadas com intervalo de confiança de 95%, por regressão de Poisson, com variância robusta. Resultados A prevalência de sintomas depressivos foi de 74,5%. Os fatores mais fortemente associados foram: percepção de insegurança no local de moradia (RP=1,46; IC 95% 1,23-1,74), renda familiar menor que um salário mínimo (RP=1,10; IC 95% 1,01-1,20) e autopercepção da saúde insatisfatória (RP=1,25; IC 95% 1,14-1,37), ajustados por sexo, faixa etária, escolaridade, atividade laboral e fragilidade. Conclusão Evidenciou-se uma elevada prevalência de sintomas depressivos na população estudada. A identificação dos fatores associados apontou a vulnerabilidade socioeconômica e de saúde nas quais os idosos estão imersos, relacionando-se com as condições associadas à sintomatologia depressiva.