Introdução: A integralidade em saúde enquanto princípio norteador do Sistema Único de Saúde no Brasil se constitui como um conceito técnico-operacional polissêmico que se faz presente desde pontuais aconselhamentos acerca das dimensões biopsicossocial do usuário, a encaminhamentos que contemplem a demanda de maneira resolutiva. A referência e contrarreferência nesse sentido permite a edificação e ordenação dos fluxos e trânsitos dos usuários nas Redes de Atenção à Saúde (RAS). Objetivos: Identificar e discutir os principais desafios enfrentados pelo sistema de referência e contrarreferência no SUS e as implicações trazidas a partir desses fenômenos para a integralidade. Materiais e métodos: Em novembro e dezembro de 2019 ocorreu o levantamento bibliográfico utilizando-se as bases: SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Pubmed e Scopus. Após a aplicação dos critérios de exclusão pré-estabelecidos pelos autores, obteve-se 14 estudos que compuseram a amostra final do presente estudo. Houve a descrição por estatística simples e qualitativa dos dados, apresentados em quatro categorias. Resultados e Conclusões: Dentre os 14 estudos eleitos, se notou que a realização de estudos neste âmbito é predominante no Nordeste (35,71%) do País. A atualidade do tema chamou atenção, a maioria foi publicada em 2019 (35,71%), 12 deles (85,71%) foram publicados em periódicos nacionais. O delineamento dos estudos foi predominantemente transversal (71,4%), de análise qualitativa (42,8%). Os desafios classificaram-se em dificuldades de segmento técnico-operacional, logístico, de comunicação e de recursos humanos relacionadas a gestão do sistema de referência e contrarreferência. Assim, foi possível identificar o panorama situacional das experiências com o sistema de referência e contrarreferência no SUS..