Saúde (Santa Maria), 1(47), 2021
Objetivo: Analisar a prevalência de cinesiofobia e comportamentos associados às maiores médias de cinesiofobia em indivíduos com dor lombar. Métodos: Estudo transversal, envolvendo indivíduos com diagnóstico de dor lombar que procuram atendimento fisioterapêutico vinculado ao Sistema Único de Saúde. Sendo aplicado um questionário para caracterizar a amostra. A Escala Visual Analógica para avaliar a intensidade da dor lombar e os questionários Internacional de Atividade Física e Roland Morris-Brasil para analisar o nível de atividade física e grau de incapacidade funcional. Por último, a Escala Tampa para cinesiofobia-Brasil foi aplicada para avaliar a presença e grau de cinesiofobia. Resultados: A amostra foi composta por 110 indivíduos com média de idade de 52,2 ± 12,2 anos, a maioria mulheres (74,5%). A média da intensidade da dor foi de 6,42 ± 2,26 e não houve correlação significativa entre o grau de cinesiofobia e a intensidade da dor (p=0,828 – r= -0,030). A prevalência de cinesiofobia foi de 78,2%, sendo que a maioria da amostra foi classificada com grau moderado. O escore médio de cinesiofobia foi de 45,4 ± 8,7, indivíduos sedentários (p = 0,026), com sobrepeso / obesidade (p = 0,039) e incapacidade funcional (p = 0,021) apresentaram as maiores médias de cinesiofobia. Considerações Finais: A prevalência de cinesiofobia é alta em indivíduos com dor lombar que procuram atendimento fisioterapêutico, estando associada ao nível de atividade física, incapacidade funcional e índice de massa corporal. Nível de Evidência II – Estudo Retrospectivo.