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Introdução: A cateterização venosa é essencial para procedimentos anestésico-cirúrgicos, com características compatíveis com estabilidade, volume de fluxo em curtos espaços de tempo e grosso calibre a fim de evitar trauma vascular. Objetivo: Identificar as representações sociais de mulheres sobre punção venosa para fins anestésico-cirúrgicos à luz dos estressores de Neuman. Materiais e métodos: Estudo qualitativo por abordagem estrutural das representações sociais realizada em um serviço de cirurgia, Brasil. Amostra de seleção completa (n=180) com delineamento temporal composta por mulheres (idade ≥18 anos) submetidas à punção venosa durante procedimentos anestésico-cirúrgicos. Utilizou-se técnica de evocação livre de palavras com o termo indutor “pegar veia para anestesia e cirurgia”. Realizou-se análise prototípica empregando o software EVOC2003. Os requisitos ético-legais foram atendidos. Resultados: As mulheres tinham de 20 a 39 anos (63%) e 10 a 13 anos de escolaridade (56,1%). No possível núcleo central constam sentimentos (“dor” e “medo-sem-medo”) em oposição à área de contraste “(in)certeza-habilidade-profissional” e “tranquila-fácil” e com elementos objetivados superativados alocados na primeira periferia, retratando estressores intrapessoais, interpessoais e extrapessoais. Discussões: A dor, enquanto objeto representacional, remeteu à função justificadora quando aproximada da agulha, reafirmando o surgimento de medo, nervosismo e da ansiedade (estressores). Conclusões: Dor, medo, ansiedade e nervosismo foram estressores identificados nas representações sociais que necessitam ser monitorados terapeuticamente por meio de relações interpessoais de confiança entre profissional-usuário, aliando a performance do desempenho, sendo necessário inserir a educação permanente para profissionais que puncionam vasos.