Research, Society and Development, 3(11), p. e7811325941, 2022
A sepse neonatal é uma das principais causas de morte de recém-nascidos. O conhecimento prévio dos fatores de risco são fundamentais para prevenir a morbimortalidade. Este estudo tem como objetivo caracterizar os fatores de risco observados e sua relação com a ocorrência de óbito em recém-nascidos com diagnóstico de sepse. Realizou-se um estudo transversal com análise de 712 participantes internados no período de setembro de 2018 a junho de 2020. Foram incluídos 410 neonatos sendo de maior proporção os do sexo masculinos, nascidos com via de parto artificial e baixo peso. A prevalência de óbito observada foi de 6,3% sendo significativa especialmente entre os com prematuridade moderada e extrema, os nascidos de mães adolescentes ou com mais idade de 40 anos, os com hipertemia, baixo peso, bradicardia e maiores tempo de internamento. Encontrou-se uma baixa frequência de hemocultura realizadas. Embora não tenha sido observado predomínio dos achados clínicos característicos da sepse como hipotermia, alterações do leucograma, contagem de plaquetas e níveis de PCR, os achados robustos de maior associação de extremo baixo peso ao nascer, hipertermia e taquipneia a maior frequência de óbito reforçam a qualidade dos dados obtidos.