Research, Society and Development, 4(11), p. e25411427356, 2022
Avaliar a adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV após 3 anos de implantação no Sistema Único de Saúde (SUS). Estudo ecológico, quantitativo, realizado no ano de 2021, no Brasil. Foram coletados dados a respeito da PrEP HIV, no painel de monitoramento disponibilizado pelo Ministério da Saúde – Governo Federal. As variáveis estudadas foram tipo de população, faixa etária, escolaridade, raça/cor; número de dispensações no Brasil de Janeiro de 2018 a Fevereiro de 2021, número de serviços de saúde que oferecem a PrEP, descontinuidade da PrEP, número de novos usuários ao mês, número de usuários ativos ao mês e hábitos sexuais. Os dados foram tabulados no excel e foi realizada a análise estatística descritiva para todas as variáveis, o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis “descontinuidade da PrEP” e “tipo de população-chave” e o teste binomial de duas proporções para comparar os hábitos sexuais no primeiro e último atendimento. A maior parte da população são gays ou homens que fazem sexo com homens (82,6%), faixa etária entre 30 e 39 anos (51%), raça branca ou amarela (57,2%), 12 anos ou mais de escolaridade (71%). 42% dos indivíduos interromperam o tratamento em algum momento. Houve associação estatisticamente significante entre as variáveis “descontinuidade da PrEP” e “tipo de população-chave”, e diminuição no uso de preservativo e no número de parcerias sexuais entre a primeira e última consulta. Embora a adesão ao método seja crescente, a descontinuidade no tratamento entre os usuários é elevada o que dificulta o sucesso na eficácia.