Ciência & Saúde Coletiva, 4(27), p. 1629-1640, 2022
DOI: 10.1590/1413-81232022274.10142021
Resumo O objetivo deste artigo é utilizar a razão peso/perímetro cefálico ao nascimento para avaliar o crescimento fetal. Estudo transversal aninhado a uma coorte de nascimentos do estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, com 726 crianças nascidas a termo e com peso maior ou igual a 2.500 gramas. As medidas antropométricas da criança, características sociodemográficas, cuidados na gestação e tipo de parto foram coletados nas primeiras 24 horas pós-parto. As crianças foram classificadas em proporcionais (peso/perímetro cefálico ≥ 0,87) e desproporcionais (peso/perímetro cefálico < 0,87). Recém-nascidos de menor idade gestacional, com peso ao nascer inferior, do sexo feminino, de famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família, de mães não suplementadas com ácido fólico durante a gravidez e nascidos por cesariana apresentaram menores médias da razão peso/perímetro cefálico. As médias de peso, comprimento e perímetro cefálico foram menores entre as crianças classificadas com desproporção peso/perímetro cefálico, ajustadas pelo sexo da criança. A razão peso/perímetro cefálico é um indicador útil na avaliação do crescimento fetal.