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Revista Baiana de Saúde Pública, 1(45), p. 54-75, 2022

DOI: 10.22278/2318-2660.2021.v45.n1.a3472

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Fatores associados a doenças crônicas não transmissíveis autorrelatadas em quilombolas do semiárido baiano

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Abstract

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) retratam um conjunto de doenças, que representam maior carga de morbimortalidade no Brasil. Essas doenças têm maior impacto biopsicossocial em populações mais vulnerabilizadas em suas condições de vida e saúde. Neste artigo objetiva-se analisar os fatores associados a DCNT mais prevalentes em quilombolas do semiárido baiano, em 2016. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 864 quilombolas, ≥ 18 anos, residentes na zona rural de Feira de Santana-BA. Os dados foram obtidos de um instrumento validado, contendo perguntas sobre condições socioeconômicas, demográficas, ambientais, de saúde, doenças e agravos. Foi ajustado o modelo de Poisson hierarquizado para identificar os fatores associados às DCNT, dessas, as mais prevalentes foram: Hipertensão Arterial (22,3%), Doenças Cardíacas (5,9%) e Doenças do Aparelho Circulatório (7,5%), e Diabetes (7,8%). Os fatores associados significativamente à DCNT no modelo hierarquizado foram: faixa etária 50 anos ou + (IC: 2,6–8,1); quantidade de cômodos da casa (IC: 0,7–0,9); uso de medicamento (IC: 5,5-13,2); procura pelo serviço de saúde (IC: 0,7-0,9). Conclui-se que, mesmo os quilombolas apresentando fatores associados às DCNT similares aos observados na população geral, verifica-se que a magnitude dessas doenças nessa população apresenta-se maior potencial de impacto negativo na qualidade de vida desses sujeitos.