RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 8(3), p. e381814, 2022
DOI: 10.47820/recima21.v3i8.1814
A situação emergente nos serviços de saúde causada pelo coronavírus resultou em um aumento extenuante nas internações em UTI, assim como o uso de antimicrobianos, muitas vezes indicado para tratamento de coinfecções adquiridas no ambiente hospitalar. O presente estudo pretende descrever os fatores associados a coinfecções bacterianas com perfil de Multirresistência Microbiana (MR) comparando com pacientes sem perfil de multirresistência. Para isso, foi feito um estudo caso controle contendo 127 pacientes que foram hospitalizados com diagnóstico de COVID-19 e internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital de referência para 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão-PR, Brasil, com evidência laboratorial e clínica de coinfecção. A idade média foi de 55,22 anos, variando de 24 a 86 anos, 85% dos pacientes foram internados no ano de 2021, 52,8% eram do sexo masculino, ficaram em média 17,72 dias internados em UTI e 79,5% possuíam pelo menos uma comorbidade, com destaque para a obesidade, diabetes e hipertensão arterial. De 66,1% pacientes com COVID-19 que foram a óbito, 52,4% tiveram pelo menos uma coinfecção por bactéria multirresistente (MR). Os pacientes com MR apresentaram um número maior de comorbidades, ficaram mais dias internados na UTI, usaram antimicrobianos por mais tempo, e a pneumonia associada à ventilação mecânica foi variável, associada à presença de MR em pacientes com COVID-19.