OBJETIVO: Identificar características socioeconômicas, profissionais e comportamentais associadas à percepção da qualidade de vida no trabalho (QVT) de profissionais com atuação em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em Unidades de Saúde da Família (USF) do município de São Carlos, São Paulo, Brasil.MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 191 profissionais que atuam em UBS e em USF do município de São Carlos. Foi aplicado questionário sobre QVT baseado no modelo de Walton a esses profissionais. Para verificação dos dados foi utilizada a análise logística multivariada (teste de Wald; α=0,05), realizada para cada dimensão do questionário, em separado, e para o questionário como um todo.RESULTADOS: A associação entre as variáveis idade, estado de saúde autorrelatado, tipo de unidade de saúde, função, inter-relação pessoa e satisfação com a QVT foram encontradas considerando cada dimensão do questionário em separado. O modelo estatístico, composto a partir da análise do questionário como um todo, incluiu somente as variáveis idade e acúmulo de cargos.CONCLUSÕES: Ingressar em serviços de saúde pública com idade inferior a 40 anos, possuir um segundo emprego, reportar um bom estado de saúde, relacionar-se bem com os demais colegas de trabalhos e desempenhar suas funções em maior proximidade com os usuários da APS são fatores que favorecem a satisfação dos profissionais com a QVT.