Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 3(13), p. 284-293, 2022
DOI: 10.6008/cbpc2179-6858.2022.003.0023
O estudo teve como objetivo avaliar a produção de composto de resíduos da filetagem de pescado por meio da análise de parâmetros físico-químicos. O experimento foi conduzido em uma caixa de plástico reforçado com fibra de vidro, com capacidade de 1000L, nas dimensões de 1,13m de base, 0,93m de altura e 1,32m de diâmetro, que recebeu a mistura de resíduos de filetagem de pescado e maravalha reutilizada na proporção mássica de 5:1. Foram demarcados cinco diferentes pontos para aferição da temperatura e de coleta para análise da composição química da massa em compostagem. As demais coletas foram realizadas nos cinco pontos demarcados, aos 30 e 60 dias de compostagem, correspondendo, respectivamente, aos tratamentos T1 e T2. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e por regressão, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que o composto de resíduos de pescado atende a Instrução Normativa nº 25/2009 para ser utilizado na agricultura, sendo um potencial corretivo de solos ácidos. A baixa relação C/N, estabelecida pela proporção mássica 5 kg de resíduos de pescado para 1 kg de maravalha reutilizada, limita a atividade microbiana na oxidação da matéria orgânica total. A proporção mássica 5:1 excede a capacidade da composteira na estabilização dos resíduos de pescado, que associada ao elevado teor de umidade proporciona o crescimento e desenvolvimento de moscas.