Conjecturas, 11(22), p. 162-172, 2022
A COVID-19 acometeu vários países ao redor do mundo, com um impacto sócio-econômico e com várias pessoas desempregadas em decorrência da situação pandêmica, tendo em vista as medidas de isolamento social que ocasionaram o fechamento de vários estabelecimentos. Com o desemprego, consequência em um tempo de crise, se tem o desenvolvimento de acometimentos mentais, como a ansiedade e a depressão, inferindo na qualidade de vida do indivíduo. Objetivou-se discutir o acometimento mental entre os trabalhadores desempregados durante a pandemia. Foi realizado um estudo transversal com dados secundários coletados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) COVID-19, realizada pelo IBGE entre maio e novembro de 2020. No último semestre de 2020, cerca de 14% da força de trabalho brasileira estava desocupada, onde a taxa de ocupação entre maio e novembro, foi de 10,7% para 14,2%. Em relação à estimativa de desocupados com diagnóstico de depressão no Brasil, o gênero feminino foi mais acometido. Houve associação do desemprego com o acometimento por desordens mentais, ansiedade e depressão, sendo algo mais predominante em mulheres de baixa renda.