Published in

Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Cadernos de Saúde Pública, 11(37), 2021

DOI: 10.1590/0102-311x00340320

Links

Tools

Export citation

Search in Google Scholar

Perfil epidemiológico e tendência temporal da leishmaniose visceral: Piauí, Brasil, 2008 a 2018

This paper is made freely available by the publisher.
This paper is made freely available by the publisher.

Full text: Download

Question mark in circle
Preprint: policy unknown
Question mark in circle
Postprint: policy unknown
Question mark in circle
Published version: policy unknown
Data provided by SHERPA/RoMEO

Abstract

A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é uma das principais doenças tropicais negligenciadas, de grande importância devido ao caráter letal desta zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania. Objetivou-se analisar a tendência temporal dos casos de LV no Estado do Piauí, Brasil, de 2008 a 2018, inserindo-o dentro do período total de 1971 a 2018. Utilizaram-se dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Para análise da carga da doença, foram coletados dados do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde através do estudo Carga Global de Doenças, Lesões e Fatores de Risco. Foi empregada a análise de regressão Prais-Winsten. Foram registrados 2.374 casos com provável local de infecção no Piauí e 2.492 casos em residentes do estado. A série histórica analisada, de 1971 a 2018, reafirma o caráter cíclico da doença, pela presença dos picos epidêmicos identificados em 1983 e 1984, 1993 e 1994, 2003 e 2004 e 2013 e 2014. Não foram identificadas alterações significativas na tendência dos coeficientes de incidência, mortalidade e letalidade no estado. No entanto, houve aumento significativo do coeficiente de incidência no Território de Desenvolvimento (TD) Chapada das Mangabeiras (variação percentual anual de 17,5%) e redução no TD Vale do Sambito (-18,3%) e TD Vale do Rio Guaribas (-8,1%). A LV tem a maior carga de doença medida em anos de vida ajustados por deficiência entre as doenças tropicais negligenciadas do estado. Recomenda-se o aprimoramento das medidas de vigilância e controle do agravo.