Research, Society and Development, 9(10), p. e19210917943, 2021
O ingresso na universidade representa fase de mudanças no convívio social e nas atividades cotidianas com autonomia e liberdade ao estudante, e implica em responsabilidades frente às cobranças acadêmicas. Percebemos que, em decorrência desses fatores, muitas situações podem tornar o estudante vulnerável aos transtornos mentais. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil de saúde mental com relação ao risco suicida entre estudantes universitários de uma instituição de ensino superior. Trata-se de um estudo de abordagem descritivo e transversal, com direcionalidade temporal prospectiva. A pesquisa foi realizada em uma universidade privada no município de São Luís-MA, com amostra total de 451 estudantes universitários dos cursos de Enfermagem, Odontologia, Psicologia e Medicina. Para coleta de dados foram utilizados, Questionário de Dados Sociodemográficos e Escala de Avaliação do Risco de Suicídio de Columbia (C-SSRS). A pesquisa obedeceu aos aspectos éticos de acordo com a Resolução 466/12. Nos resultados, 80,3% eram do sexo feminino, 53,7% com idade de 21 a 25 anos, 90,9% não possuíam filhos e 43,0% eram católicos. De acordo com o C-SSRS, 39,5% dos estudantes desejaram estar mortos, 29,3% desejaram se matar e 12,4% pensaram em como tirar a própria vida. Portanto, a universidade precisa construir laços afetivos com seus alunos afim de melhorar seu prognóstico ainda no ambiente acadêmico. Dessa forma, o estudo chama atenção para a necessidade de construção e/ou melhorias de centros de acolhimento das demandas de saúde mental no âmbito das universidades para lidar com tal situação.