O objetivo do presente estudo, feito por meio de uma pesquisa social de natureza quantitativa, foi avaliar o nível de atividade física, ansiedade e sintomas depressivos em estudantes universitários do curso de Educação Física, da Universidade Federal de Goiás, durante o período de isolamento social causado pela pandemia da COVID-19, bem como, analisar os fatores associados com os desfechos analisados. Participaram do estudo 41 universitários de ambos os sexos (23,9 ± 4,7 anos; 169,9 ± 9,7 cm; 71 ± 16,1 kg). Foram coletadas as informações sobre o nível de atividade física (AF), ansiedade-estado (AE), ansiedade-traço (AT) e sintomas de depressão (SD). A maior parte dos universitários foi classificada como ativos (36,6%) e muito ativos (29,3%) (205,7 ± 331,27 MET diário; de 1440,0 ± 2318 MET semanal). Aproximadamente, 53,7% e 56,1% dos indivíduos apresentaram escores elevados para AE e AT, respectivamente. Por volta de 39% dos indivíduos apresentaram SD moderado ou grave. Foram identificadas associações entre AE e SD (r= 0,84; p<0,001), AT e SD (r= 0,87; p<0,001), e entre AE e AT (r=0,91; p<0,05). Todavia, não foram encontradas associações entre o nível de atividade física e as demais variáveis. Dessa forma, apesar de 65,9% da amostra ter sido classificada com ativo e muito ativo, os níveis de AE, AT e SD apresentaram escores elevados. É possível que esses achados apresentem relação com a pandemia de COVID-19 e as medidas de isolamento social.