O crescimento da população urbana no Brasil deve continuar até 2050, afetando a relação entre os habitantes e as áreas verdes urbanas, cuja vegetação oferece benefícios ao ambiente e à saúde humana. Essas áreas devem ser conservadas e podem ser monitoradas utilizando técnicas e indicadores de medição e distribuição, relacionando sua área e cobertura vegetal (CV) com a população urbana. O estudo mediu e avaliou a distribuição da CV de Áreas Verdes Públicas (AVPs) da cidade de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. Foram utilizadas uma ortofotografia e o software AutoCad(R) para a medição da CV e foram calculados e classificados os índices de AVP e CV-AVP para cidade e bairros. Analisou-se a relação de CV com a área da AVP e o zoneamento urbano e dos índices com a idade dos bairros. A proporção de CV é inconstante para a área de AVP e zonas urbanas mais populosas apresentaram menor CV. Nos bairros as AVPs que possuem tamanho recomendado não apresentaram CV satisfatória e a maioria dos índices foram nulos. As AVPs não têm sido mantidas com predomínio de CV, indicando limitação dos serviços ecológicos da vegetação para a população urbana. Portanto, é preciso alternativas de espaços verdes em regiões antigas e sem AVPs, conservar AVPs com CV satisfatória e reflorestar as que possuem CV insatisfatória. A CV urbana foi medida em uma ortofotografia de 0,1 pixel/cm, indicando índices de AVP e CV-AVP e o mapa de distribuição da CV de AVPs como ferramentas adequadas e de baixo custo para o planejamento urbano, visando os serviços ambientais que a vegetação oferece à população.