Research, Society and Development, 10(11), p. e307111032702, 2022
DOI: 10.33448/rsd-v11i10.32702
O objetivo deste trabalho é avaliar a condição periodontal de pacientes atendidos na clínica escola de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, campus I, Campina Grande, Paraíba, investigando sua associação com as características comportamentais e hábitos da população estudada. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e analítico a partir de prontuários odontológicos. Utilizou-se como critérios de exclusão a incompletude de dados ou a falta de assinatura do TCLE pelo paciente. As análises foram realizadas pelo SPSS 20.0. Para caracterizar a população, distribuiu-se as frequências dos dados. Para associar a condição periodontal (gengivite/periodontite) e as demais variáveis empregou-se o teste qui-quadrado de Pearson (ou teste exato de Fisher quando apropriado), com p < 0,05. Do total de 426 prontuários, 42,5% foram excluídos, restando 245 prontuários. A frequência de tabagistas foi de 10,6% e de ex-tabagistas de 22,0%. Em relação à queixa principal, 68,6% procuraram atendimento por motivos não relacionados à doença periodontal. Sobre a prática de higiene bucal, 121 (49,4%) afirmaram escovar os dentes 3 vezes ao dia e 124 (50,6%), usar fio dental. Porém, a avaliação do índice de placa visível refletiu uma higiene bucal ruim (58,4%). A condição mais prevalente foi de cálculo dentário (63,7%), predominando no sextante 5 (72,7%). A associação entre a condição periodontal e demais variáveis foi estatisticamente significante entre periodontite e tabagismo (p = 0,003). Conclui-se que o relato de prática de higienização bucal adequada não reflete na condição periodontal presente. Observa-se a importância de intensificar ações de orientação em saúde bucal.