Research, Society and Development, 6(10), p. e33010615673, 2021
A questão do aborto no Brasil é um dos grandes problemas de saúde pública atualmente. Esta situação afronta não somente à saúde mental e física feminina, mas também questões religiosas, culturais e sócio econômicas na qual a mulher está inserida. O estudo teve como objetivo destacar os fatores emocionais que são decorrentes do processo de abortamento. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde para tal formulou-se a questão norteadora “Quais são as alterações emocionais que podem acometer mulheres após o processo de abortamento?”. Montou-se uma estratégia PICo, na qual por meio de descritores e palavras chaves consultou-se as seguintes bases de dados, BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library OnLine), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) serviram como instrumento para coleta de dados. Foram incluídas apenas as publicações que responderam à questão do estudo, publicadas no período de 2014 a 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol e testes realizados em humanos. Selecionou-se 10 estudos onde eles avaliaram a mulher desde o processo da tomada da decisão do aborto e seus motivos, até meses depois, quando o pensamento da realização do ato ainda perdura. Os dados apresentados nesta pesquisa têm o intuito de apresentar a natureza multifacetada do aborto descrito na literatura cujo impacto da perda, atinge diretamente a vida da mulher. Ele afeta sua autoestima, o modo como ela vê o próprio corpo, seu estado de espírito e uma possível futura gravidez.