Revista de Medicina, 5(102), 2023
DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i5e-209909
Introdução: O SARS-CoV-2 é um vírus de alta disseminação cujo principal alvo de infecção é o sistema respiratório, porém, ao desencadear uma resposta imunológica exacerbada, sinalizada pela tempestade de citocinas, pode provocar lesões em múltiplos órgãos. Diante disso, este estudo busca reunir evidências que avaliem a vulnerabilidade de pacientes transplantados às manifestações clínicas do COVID-19, considerando o manejo do regime de imunossupressão e os efeitos das interações medicamentosas, na tentativa de promover estratégias adequadas de gerenciamento terapêutico. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em março de 2023, na qual foram selecionados 6 artigos. Pacientes submetidos a transplantes cardíacos, devido ao quadro de imunossupressão, apresentam maior tendência em apresentar doenças cardiovasculares. A contaminação por SARS-CoV-2 aumenta significativamente o risco de complicações, e estabelece um desafio: equilibrar o regime de imunossupressores com a terapia antiviral, tendo em vista as interações medicamentosas. Considerações finais: O uso de imunossupressores parece ser responsável por um curso mais brando da COVID-19 em pacientes submetidos a transplante cardíaco, pela atenuação da tempestade de citocinas. Apesar disso, ainda há risco de gravidade da COVID-19, sendo necessário priorizar o manejo com terapias antivirais que melhor se adaptem às medicações imunossupressoras.